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Milho  
Estrobirulina não causa má formação de espiga
Pesquisa da Universidade de Rio Verde mostra que o uso do produto pode não ter relação com a ocorrência da síndrome
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Pedro Zuazo
28/10/2010

O uso de herbicidas e fungicidas à base de estrobirulina na cultura do milho pode não ter relação alguma com as causas da síndrome da má formação de espiga. Ao contrário do que indicavam algumas observações feitas por pesquisadores norte americanos, experimentos realizados na safra de 2008, no Brasil, mostraram que a aplicação do produto na lavoura não foi determinante para a ocorrência da síndrome. O trabalho foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Rio Verde e apresentado no Congresso Brasileiro de Fitopatologia.

Também conhecida como blunt ear syndrome, a má formação de espiga tem como sintomas espigas pequenas com menor número de linhas e grãos por linha. É uma síndrome pouco estudada e muitos pesquisadores atribuem a doença à amplitude térmica entre o dia e a noite, aliada à aplicação de estrobirulina no campo. Com o objetivo de estudar essa hipótese nas condições oferecidas no Brasil, o pesquisador Luis Henrique Carregal deu início a um trabalho de pesquisa em dois municípios diferentes de Goiás: Rio Verde e Montividiu.

— Fizemos aplicações desses produtos em diferentes estágios fenológicos da cultura do milho para poder determinar, caso ocorresse a síndrome, qual seria o estágio fenológico, a época em que a gente teria mais efeito das estrobirulinas nessa má formação – explica Carregal.

Com o híbrido P30F90, foi realizada uma aplicação de azoxistrobina e ciproconazol nos estágios V6, V8, V10, V12, V14, V16, VT, R1 e R2. O delineamento foi de blocos ao acaso em quatro repetições e as plantas não tratadas foram mantidas como testemunha. Durante o experimento, foram avaliados a severidade de doenças, o tamanho de espigas, o número de linhas e de grãos por linha, o peso grãos e a produtividade. Nos dois experimentos, independentemente da época em que foi aplicado o fungicida, em nenhum dos casos aconteceu a síndrome da formação de espiga. Não houve diferenças quanto ao tamanho de espigas, o número de linhas e de grãos por linha e a produtividade. De acordo com Carregal, os resultados mostram que a estrobirulina pode não ser um fator decisivo para o desenvolvimento da síndrome.

— Alguns trabalhos nos EUA indicam que temos, na verdade, uma interação de fatores que estão relacionados principalmente com amplitude térmica entre dia e noite e o uso de alguns fitossanitários, como herbicidas e fungicidas, independemente do material genético. Não são todos os híbridos que apresentam esse tipo de problema. Aqui no nosso caso, como foram apenas dois trabalhos e experimentamos apenas um único hibrido de milho, o problema não ficou evidenciado seja porque não tivemos muita amplitude térmica entre dia e noite, seja porque o material que a gente utilizou realmente não causa esse tipo de problema para as nossas condições — indica Carregal.

A próxima etapa do trabalho será dar prosseguimento ao experimento com o teste de outros materiais genéticos para ver se o problema se verifica em algum caso.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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